Nós somos nossa própria chave: Querer ser grande sem se desesperar, amar sem temer, gostar sem esperar!Não quero acabar me frustrando. Não quero chegar ao fim da vida e não ver vida. Não quero chegar ao fim da vida, olhar para trás, e não ter vida!
Eu quero correr na neve. Eu quero amizades de verdade. Eu quero encontrá-la sem precisar procurar por ela, e quero que ela também me encontre.
Assim o jovem cai de joelhos diante de suas esperanças. E no fim, tudo o que te acomoda, aumenta seu desespero interno, explodindo em ansiedade.
Uma ansiedade de talvez, e provavelmente, não estar vivendo o que há para ser vivido, não estar aproveitando e desfrutando do que existe à disposição. Tudo está em aberto.
Não existem portas, senhas ou códigos! Nós somos as portas, as senhas, os cadeados, os sistemas de proteção, nós somos a religião. Nós fragmentamos o mundo em um quebra-cabeças gigante e desafiamos a nós mesmos.
Porém, quando acordamos, não nos lembramos de ter feito esse quebra-cabeças, e apenas contemplamos desesperados. Fico pensando sobre o que seria correto querer.
Reprimindo o querer primitivo, filtrá-lo pelo meio da ética e, no fim, esbarrar no medo da derrota.
Enclausurada em sua própria prisão, confeccionada pelas mentes mais perturbadas, a humanidade se sufoca. Somos desesperados demais e ao mesmo tempo queremos subir. Pretensiosos e arrogantes.
Desequilibrados, e, aumentando cada vez mais este desequilíbrio. Querendo avançar em tecnologias e formas de dominação, e, ao mesmo tempo, observamos uma ética e força moral tão pobre, que saímos à rua olhando desconfiados para tudo.